EDM LANÇA PUBLICAMENTE O SEU PLANO DE NEGÓCIOS 2020-2024

Fri, 09/10/2020 - 16:30

A Electricidade de Moçambique, E.P. lançou oficial e publicamente, no dia 9 de Outubro corrente, em Maputo, o seu Plano de Negócios para o período 2020-2024, depois de aprovado pelo Governo, em sessão de Assembleia Geral organizada pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), no passado dia 2 de Outubro.

O acto teve lugar numa das estâncias turísticas da cidade de Maputo, durante quase toda a manhã e contou com a presença de cerca 100 personalidades convidadas, entre representantes de instituições governamentais, membros das missões diplomáticas acreditadas em Maputo, representantes de instituições financeiras, CTA e parceiros do Sector de Energia.

O Plano de Negócios é, segundo o Presidente do Conselho de Administração da EDM, Eng. Marcelino Gildo Alberto, a visão da Empresa sobre o negócio que prossegue – a produção, transporte, distribuição e comercialização de energia eléctrica em todo o País e na Região. “Estabelece os objectivos e metas estratégicas e o seu plano de implementação, as fontes de financiamento necessárias para a execução do plano operacional, de comunicação e marketing, dos recursos humanos e de investimento do capital. Apresenta também os resultados financeiros e cenários possíveis de negócios que levarão a EDM a reverter os seus resultados líquidos negativos nos últimos anos e alcançar o objectivo final que pretende – ser uma instituição de excelência, de referência nacional e regional!”

Nas palavras do Eng. Marcelino Alberto, o Plano de Negócios é a resposta ao desafio do Governo de a empresa ser comercialmente rentável e relevante, mas, ao mesmo tempo, fornecer energia eléctrica de qualidade a todos os moçambicanos, em todos os pontos do território nacional e liderar o negócio de energia eléctrica na África Austral, com olhos postos no continente africano.

 A EDM identificou, no dizer do timoneiro da EDM, um conjunto de iniciativas que considera fundamentais para o desenvolvimento do negócio e futura sustentabilidade financeira, nas quais possui, conjuntamente com o Governo, um papel determinante para a sua concretização, nomeadamente, a massificação do acesso à energia, a redução de perdas não técnicas, o reforço da dotação de energia firme de fontes menos onerosas, a optimização de recursos operacionais, a protecção da infra-estrutura contra actos de vandalização, entre outras.

 A seguir à apresentação em power point do Plano de Negócios, feita pelo Director do Gabinete de Estratégia e Desempenho Empresarial, Eng. António Nhassengo, houve espaço para comentários e observações por parte dos presentes.

 Uma das sugestões apresentadas pelo Eng. Gildo Sibumbe, por sinal antigo PCA da EDM, passa por incluir na iniciativa as fontes de produção interna de energia como são os casos de Mpanda Nkuwa e as centrais de Mavuzi e Chicamba, ao que o PCA Marcelino Gildo, actual dirigente esclareceu que já existe um Gabinete dedicado ao Mpanda Nkuwa que é liderado pelo Eng. Carlos Yum, um quadro sénior da Empresa. Sobre as duas centrais localizadas  em Manica, há reabilitação para elevar mais a sua capacidade de fornecimento para além de que há esforços de mobilização de financiamento para se apostar nas tecnologias através do Centro Nacional de Despacho.

Salimo Abdula, em representação da CTA, saudou a apresentação do Plano porque, segundo sua opinião, é importante para o desenvolvimento económico do País, no entanto, a sua preocupação era saber onde é que cabem os privados e se a EDM vai fazer o trabalho sozinha ou fará terceirização de algumas actividades. O PCA clarificou que o privado é um parceiro estratégico no desenvolvimento e vem trabalhando em vários projectos com a EDM como é o exemplo de Temane, onde um privado é que faz a manutenção. Deu exemplo de concursos públicos em que os privados participam abertamente dando o seu importante contributo.

Outros assuntos levantados têm que ver com a questão do roubo de energia em que Luís Matsinhe, um dos participantes, sugeriu que, para além da multa, devia-se pensar em punir os fraudulentos através da multa propriamente dita e proibir de consumirem energia por um determinado tempo. Acrescentou ainda a importância de colher experiências de outros países no combate às perdas. Nesse ponto, o PCA explicou que a Empresa perde 25 milhões na iluminação pública sendo que nas perdas há uma nova direcção na EDM que visa combate-las e acredita que haverá resultados positivos.

 Foi uma reunião interactiva onde foram abordados vários assuntos ligados ao sector de produção, transporte, comercialização e distribuição de energia. No fim do encontro o PCA agradeceu a todos os parceiros que se fizeram presente ao encontro.

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