EMPRESAS DE ELECTRICIDADE DEVEM ESTAR NO CENTRO DAS ECONOMIAS AFRICANAS
As empresas africanas de electricidade devem estar no centro das economias em África, defende Pascoal Bacela, antigo Director Nacional de Energia, que falava esta terça-feira, 18 de Junho, no âmbito das Jornadas Científicas (JCs) da Electricidade de Moçambique (EDM).
Bacela que integrava um paínel que discutia o tema “Futuro das empresas de Electricidade em África” disse que nunca houve dúvidas de que as empresas do sector eléctrico, em África, são bastante promissoras. No entanto, segundo defende, “as empresas devem deixar de ser apenas promissoras e tornar-se efectivamente em organizações prósperas,” pois só assim vão contribuir de facto no desenvolvimeno dos países e do continente.
O painelista entende que as empresas africanas de electricidade têm ainda muitas oportunidades por explorar, tais como impulsionar o desenvolvimento, garantir a sustentabilidade e melhorar a vida das pessoas, mas para isso devem estar comprometidas com o desenvolvimento, assegurar investimento e apostar na cooperação para fazer face aos vários desafios que enfrentam. “As empresas públicas devem mover-se e buscar parcerias com as organizações privadas e não esperar que sempre sejam estas a ir atrás dessa parceria,” defendeu.
Outra oportunidade que as empresas têm é de criar uma cultura de utilização de energia eléctrica, disse Bacela. Tal situação impõe-se com resultado da expansão de rede eléctrica para as zonas rurais onde a maior parte de população está a ter acesso a electricidade pela primeira vez.
Por sua vez, o Director do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrica Mphanda Nkuwa, Engº. Carlos Yum, entende que o futuro das empresas de electricidade em África depende da sua eficiência operacional e financeira. Esta eficiência pode ser conseguida por meio de parceirias público-privada, uma vez que esta constitui uma das vias para se conseguir financiamento.
Para Yum, as empresas precisam manter-se atrativas para o financiamento de projecto de que necessitam para crescerem.